domingo, 22 de dezembro de 2013

MC Gui - O Príncipe dos Domingos.

Depois de um tempo sem postagens, eis que voltamos com um novo intérprete cortês do ostentador reino Funk. O cavaleiro trovador do momento é o MC Gui.
MC Gui é um cavalheiro cortês, príncipe, que anima as tardes de domingo na televisão com o quadro chamado "A Princesa e o Plebeu". Neste quadro, Gui leva fãs para ter um dia dia de princesa, cada semana uma princesa diferente, o que não era diferente dos príncipes medievais que todos os dias faziam uma moça pobre do reino ou uma escrava de princesa, passando uma noite com elas.
Claro que não falamos no sentido carnal, e sim, no sentido de aventurar-se, fugindo de seu castelo com a sua carruagem para encontrar uma plebéia que tem o sonho de ser princesa, nem que seja por um dia.

MC Gui é conhecido pelas suas letras trovadorescas que falam da conquista de uma paixão, mas em troca de riquezas, como por exemplo o seu hit "Ela Quer":

Trecho 1.
Ela quer minha Lamborghini, Ela quer o meu Camaro
Ela só que saber de tomar do Champanhe
E do Mais caro (2X)
(Vai mulher doida em )

Análise 1.
O nosso pequeno cavalheiro-príncipe mostra neste trecho
os seus bens materiais, as suas carruagens e seus
cavalos de raça e porte, que fica no desejo de suas princesas.
É de se conhecer que quanto mais forte é o cavalo do príncipe ou
do cavalheiro mais forte e imponente é a sua figura.

Trecho 2. 
Tamu Chegando no Guarujá e as Novinhas no
Maior debate pra ver quem vai dar um peão comigo
No meu Iate, Daqui apouco eu vou encostar minha
Lamborghini na Garagem que as novinhas fica louca
Quando eu pego minha Ferrari, DA 40 graus é a Juliet
tá na cara Desfilando com o cordão de ouro lá no
Calçadão da praia, pra finalizar nos guarda o carro na
Garagem, sobe lá pra Sauna e relaxa na hidromassagem.

Análise 2.

Neste trecho, ele fala das meninas princesas que ficam ouriçadas
em ver que ele possui uma embarcação, ele descreve a sua chegada
com a sua carruagem e também pela força de seu cavalo.
Ele mostra uma favorita entre as princesas, a Juliet, se baseando na fábula
aonde ele se considera um "Romeo". Ele fala dos presentes materiais,
das jóias, do ouro que ele possui e dá em presentes para uma de suas princesas.
Ele fala também de um lugar quente, aonde as ações provindas das reações da
paixão e do amor, em resultado, se transformam em algo semelhante em temperatura.

Trecho 3.
Ela quer, Ela quer meu Camaro e meu Iate
Ela quer, Ela quer minha Lamborghini, minha Ferrari
Ela quer, Ela quer meu Camaro e meu Iate
Ela quer, Ela quer minha Lamborghini, minha Ferrari (2X)

Análise 3.
Neste trecho, o nosso pequeno aprendiz de cavalheiro e príncipe fala do que as princesas
de seu reino cultuam. Cultuam as carruagens, e a sua riqueza e a força dos seus cavalos.

Link: http://www.vagalume.com.br/mc-gui/ela-quer.html#ixzz2oFK7XuIj







MC Gui começou a sua carreira como trovador ainda aos 10 anos de idade, quando o seu pai passou a investir as suas riquezas no seu dom, e contratar os melhores mecenas para ajudarem no investimento da sua arte, e no retorno dela.












Principe Gui nasceu em 1998, e hoje é um dos percussores do Funk de Ostentação na TV e nas midias.





Video: "Ela Quer" - MC Gui:









segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O que era o "Amor Cortês" na Idade Média?

Gravura de época: A dama passa a sua delicada mão na
perna do cavalheiro encostando em sua virilha.

No decorrer dos meses, foram postadas aquí algumas canções de nossos trovadores cortês contemporâneos (vulgo: funkeiros). Muitas pessoas não sabem o que foi o Amor Cortês e muito menos sabem o que são as canções trovadorescas. Como é bem explicada na descrição do blogue, o Amor Cortês foi um estilo criado durante o Medievo, na Europa, aonde cantores, ou trovadores poetas, expressavam o amor dos cavaleiros pelas suas damas. O amor cortês era o amor platônico, a paixão que tais personagens sentiam um pelo outro, e estas canções eram verossímeis à realidade de época.
Temos por entender, que as canções de gesta foram um dos primeiros vestígios de memória da história durante o medievo, pois nelas eram escritas o que simbolizava a cultura na época, tal como os livros de receita dos cozinheiros dos castelos, que também representavam a memória cultural culinária na forma escrita.
Mas as canções descreviam a cultura e principalmente o heroísmo do cavaleiro, que se torna cortês, no século XII.
Agora, porque cavaleiro cortês? E qual a diferença entre cavaleiro e cavalheiro?
Pois bem, o cavaleiro era o homem que defendia os castelos medievais, eles eram os homens escolhidos pelos reis que em troca de promover a segurança dos castelos, e assim os senhores davam um título de nobreza, tal como o de “cavaleiro da corte”. Estes homens, os cavaleiros eram os soldados do Rei.
Os homens nesta época nos reinos aprendiam a utilizar espadas como forma de defender o seu terrirório, a sua região, o seu o seu senhor, o rei. Taí, o porque do cavaleiro medieval estar assimilado a imagem do homem no cavalo (taí porque da evolução linguística para cavalheiro também), armado da espada e da armadura.
Agora sobre a evolução linguística, foi porque em um momento, os reinos precisavam de membros e a igreja era o núcleo de união das pessoas. Houve então pactos entre a igreja e os reinos. Os soldados passaram a jurar a fidelidade ao Rei a partir da Igreja que assegurava-o. E o cavaleiro era treinado para ser agora então, um cavalheiro, um homem de bem, que seguia um padrão estipulado em cartilha pela igreja como ensinamentos.
Durante os séculos III e X alguns reinos foram se tornando católicos, passando pelo período Carolíngio, também das difusões e diferenciações das línguas anglo-germânicas e latinas.
Algumas das lendas em canções e poemas mais conhecidas desta época são as do Rei Arthur com os seus cavaleiros da Távola Redonda, aonde são descritas as aventuras dos homens defendendo o reino do seu senhor, fora outras chamadas novelas de cavalaria, que por influência católica descreviam as aventuras de cavaleiros em busca do Santo Graau, o cálice sagrado desaparecido aonde foi depositado o sangue de Cristo quando morto.
Mas o trovadorismo, vai surgir de verdade entre os séculos XII e XVI, e como todo estilo “literário”, vai evoluir, e com a ascenção do Renascimento vão vir reações a cultura cristã européia e daí vão surgir as cantigas de escárnio e maldizer.
O Amor Cortês vai ser expresso nestas canções de escárnio e maldizer, aonde estão sátiras sobre a realidade cotidiana, tal como a exarcebação do sexo e da luxúria condenada pela igreja na época, pois o sexo era defendido por ela apenas para o ato da reprodução e que a mulher não poderia sentir prazer, ou ela seria mundana.
De acordo com “Sexo, Desvio e Danação – As Minorias na Idade Média”, Obra literária de RICHARDS, Jeffrey, Historiador Inglês, Adaptado e Traduzido do Original, da primeira edição inglesa de 1990, por Marco Esteves Antônio da Rocha e Renato Aguiar em 1993, O livro retrata a idade média, sobre o âmbito das minorias sociais perseguidas
pela inquisição da igreja católica, sejam esses povos Judeus, prostitutas, hereges,
leprosos, bruxos e homossexuais, a partir do controle que a religião exercia sobre a
sociedade, em esforços de impedir que se desvirtuassem, ou crescessem outras religiões,
nos sentidos os quais a igreja defendia evitando a formações de novos ideais
humanistas, anti teocentristas que estavam surgindo na Europa durante os séculos XII
ao XIV. Segundo a obra literária, a Igreja católica tratava a Peste Negra como um
castigo divino para a humanidade, assim como a Lepra era também uma doença que o
infiel contraia como penitência. Leprosos eram impuros como prostitutas.
Era forte o idealismo inclusive da crença pelo livro do Apocalipse na Bíblia, este
era creditado como algo que poderia acontecer a qualquer momento.
O livro cita inclusive os consílios lateranenses criados pela igreja para repensar a
forma que estava sendo acrescentado o Catolicismo, e deles vieram as leis da
Inquisição. Entre as leis, a de separação do Católico e do infiel, e que os infiéis
deveriam ser separados por distinção de roupas, marcas ou sinais, estas criadas como
forma de identificar os que seriam “infames”.
O ato sexual era tratado na Idade Media como um “mal necessário”, uma vez
que ele era ligado apenas a criação e reprodução de vidas humanas – Pensamento
inclusive defendido na atualidade pelas religiões protestantes.
A Homossexualidade era tratada como um pecado contra a natureza. O autor
ainda cita a homossexualidade na antiguidade, em que esta era realizada entre um
homem mais velho e outro mais novo, como ato de admiração do mais velho pelo mais
novo, em que o mais velho ensinava as artes e a experiencia de vida ao mais novo. Em
relações sexuais o mais velho faria o papel do ativo e o mais novo do passivo, e que
estes deveriam casar com pessoas de sexo oposto e ter filhos, o que poderia ser tratado
como Bissexualidade.
As prostitutas não eram diferentes como na atualidade, vendiam os seus corpos
como forma de sobrevivência. E a Igreja depois do Concílio de Paris de 1239, passou a
repugná-las da mesma forma aos leprosos.
Mas era credo na possibilidade de regeneração destas prostitutas, a partir do
matrimônio e familiarização destas que poderiam deixar as suas vidas, condenáveis pela
religião cristianista.
O período da inquisição da igreja católica foi marcado pela queima em fogueiras
em praças públicas de pessoas que eram acusadas de irem contra a fé católica e o
teocentrismo, sendo assim taxados como bruxos.
O Livro também fala sobre a Heresia a parte, dizendo que na Idade Média era
pensado que qualquer ato de tentativa de desintegrar a cristandade, seria uma “obra do
diabo”, assim condenado qualquer ato anti católico.
Sobre a Heresia de acordo com DUBY, Georges:

“A heresia surgiu em Orleães, na capela régia, quer dizer num centro de
investigação tão ávido de novidades como Reims, Laon ou Cambrai; propagou-se
aos capítulos catedrais mais esclarecidos, nos mosteiros mais purificados. (...) A
heresia sonhava com outra sociedade. Não desordenada, certamente – porque qual é
a sociedade que pode vingar sem ordem? – mas com uma sociedade diferentemente
ordenada, fundada numa nova concepção da verdade, das relações entre a carne e o
espírito, entre o visível e o invisível.”
(DUBY, p. 142)

Os Judeus têm na sua história a perseguição dos católicos que veio a ser imposta
biblicamente pelo julgamento que levou a morte de Jesus Cristo em 33dc, e séculos
depois, também foram retratados como hereges.
Todos os temas são interligados ao assunto do Sexo, uma vez que as doenças
eram passadas pelo ato, e as prostitutas e homossexuais eram consideradas a “fonte” do
ato herético e no caso dos Judeus era histórico e Bíblico, por passarem a ser
considerados hereges, estavam incluídos ao grupo dos “excluídos” da aceitação católica.
Avaliando bem os conceitos, é mais pelo contexto do que era considerado
“heresia” pela igreja católica do que pelo ato sexual.
Podemos compreender que a História Medieval não foi totalmente coberta por esta “treva” que foi considerada pelos historiadores, como exemplo a própria inquisição, isto pela quantidade de expressões artísticas de época que foram produzidas nesta idade, principalmente na região da península Itálica, aonde os descendentes da Família Médici financiavam as artes compostas por inúmeros artístas.
Das artes dos trovadores européias dos tempos Medievais, algumas do século XII-XIV, foram descobertas letras que falavam do sexo com descrição do ato concepcional, e entre algumas dessas letras, classificadas como “cantigas de maldizer” ou “escárnio”, estão as do Português Afonso Eanes de Coton que vão ser uma crítica direta a sociedade:

Marinha, o teu folgar
tenho eu por desacertado,
e ando maravilhado
de te não ver rebentar;
pois tapo com esta minha
boca, a tua boca
, Marinha;
e com este nariz meu,
tapo eu, Marinha, o teu
;
com as mãos tapo as orelhas,
os olhos e as sobrancelhas,
tapo-te ao primeiro sono;
com a minha piça o teu cono;
e como o não faz nenhum,
com os colhões te tapo o cu.

E não rebentas, Marinha? 

Outra canção de Coton, também fala da imposição do homem como o “vassalo da mulher”, ou seja, a sua paixão é tão grande que ele se torna submisso a ela:

A gran dereito lazerei,
que nunca home viu maior,
u me de mia senhor quitei
..................................................
e que quería eu melhor
de seer seu vassalo
e ela mia senhor?
E ja sempre por fol terrei
o que deseja ben maior
daquele que eu receei;
a guisa fize de pastor;
e que quería eu melhor
de seer seu vassalo
e ela mia senhor?
E quantas outras donas sei
a sa beldad'ést'a maior,
daquela que desejar hei
enos días que vivo for:
e que quería eu melhor
de seer seu vassalo
e ela mia senhor?

Existem muitos artistas de época que fizeram a crítica a sociedade utilizando a conotação sexual e Coton foi só um dos exemplos mais fáceis de serem encontrados online, inclusive no site dominiopúblico.gov.br existem uma série de obras catalogadas do autor e de outros autores também. Mas é válido dizer que estas obras trovadorescas a maioria são de autoria desconhecida, encontradas em documentos de época, dos que se salvaram da inquisição, ou foram encontrados em lugares históricos ou guardados por descendentes de familiares desses artistas que mostravam em escrituras o que eram os relacionamentos ilícitos dos cavaleiros pelas suas damas, em que as vezes vão envolver as vezes rainhas casadas e seus amantes, assim como cavaleiros e princesas prometidas à príncipes de outros reinos.

Fontes Literárias:

* “Sexo, Desvio e Danação – As Minorias na Idade Média”.  RICHARDS, Jeffrey;
* "O Nome da Rosa" - Umberto Eco;
Lúcifer – O Diabo na Idade Média” -  Jeffrey Russel;
* "O Tratado do Amor Cortês - André Capelão.

Fontes da Web:

* http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=82033
http://www.mensagenscomamor.com/livros/cantigas_de_afonso_eanes_de_coton.htm
* http://laarquitecturadetushuesos.files.wordpress.com/2008/10/image005.jpg


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Naldo - Amor cortês... DE CHOCOLATE!

Naldo é mais um fenômeno do reino funk que vem fazendo sucesso com as suas canções trovadorescas nos últimos tempos. Na sua letra, ele traz o amor cortês sendo exaltado nas suas formas concepcionais, aonde vemos o cavalheiro e a sua dama, no ato mais íntimo da exaltação do amor, e após a comemoração do ato juntos, bebidas alcoólicas ajudam na imersão dos atos carnais.
Naldo incita em sua letra o romance com uma bebida ou alimento de origens pagãs, o chocolate.
Podemos dizer que a aplicação do chocolate no ato carnal, sem dúvidas é uma prática pagã, portanto herética de acordo com a Igreja Católica.
As origens do chocolate se encontram na região da América Central, aonde existia uma população pagã, ainda nos tempos em que a Igreja Católica estava buscando fiéis devido as cisões e crescimento de religiões heréticas, que estavam colocando em duvida o verdadeiro cristianismo no século XV-XVI.
Este povo denominado pagão, era de homens que acreditavam em uma espécie de Deus, que não era o bíblico. E a aplicação deste alimento pagão pela sociedade econômica européia, foi uma reação da sociedade burguesa contra a política absolutista, que sempre estava alinhada a igreja católica, pois este alimento, era resultado das práticas de curandeirismo e bruxaria.
Os Europeus acrescentaram açúcar a bebida vinda de uma espécime de fruta que era queimada, o que causou um principal ato pecaminoso taxado pela igreja católica: A Gula.
A Gula pelo chocolate reagiu no mundo de forma pecaminosa, aonde o alimento é simbolizado pelo prazer, e não pela prática necessária de alimentação por exaltação da fome.
O chocolate é uma comida taxada como o "alimento dos hereges" pela igreja católica, uma vez que exalta o pecado da gula, e ainda induz a bruxaria.
Os Ciganos utilizam o chocolate nas formas consideradas pecaminosas pela igreja católica, aonde acrescida de outros alimentos como a pimenta, faz induzir ao pensamento das práticas carnais.
Naldo é um trovador funkeiro que nas suas letras ele exalta o amor cortês entre homem e mulher, e ao mesmo tempo induz aos atos pecaminosos com este alimento considerado pela igreja católica como pagão.
A introdução de comida nos atos carnais do amor nas letras trovadorescas é uma prática habitual de Naldo, uma vez que ele já fez letra inclusive com chantilly. A igreja católica inclusive o taxa como herege e proclamador de um dos pecados capitais. E por estar em uma visão diferente da igreja católica, Naldo refugiou-se nas religiões protestantes, e diz estar mais próximo de Deus.

Amor de Chocolate
Naldo

Trecho 1.
Vodka ou água de coco
Pra mim tanto faz
Gosto quando fica louca e cada vez eu quero mais
Cada vez eu quero mais
Whisky ou água de coco
Pra mim tanto faz
Eu já tô cheio de tesão e cada vez eu quero mais
Cada vez eu quero mais


Anélise 1.
Cavaleiro Naldo, depois de seduzir ou ser seduzido pela sua dama,
é recepcionado com bebidas alcoolicas e frutas de descendência pagã,
Na letra vemos o início da exaltação do que é classificado como gula
pela igreja católica, e ao mesmo tempo da luxúria o que faz a letra
exaltante do amor cortês, ao mesmo tempo ser protestante as regras
da castidade do catolicismo.

Trecho 2.
1, 2, 3, 4
Pra ficar maneiro joga o clima lá no alto...
Alto, em cima, alto, em cima
Alto, em cima, alto, em cima
Em cima, em cima, em cima, em cima (2x)


Análise 2.
Vemos aí a exaltação do clima máximo do amor cortês, o movimento dos corpos
que vão para cima e para baixo, repetidas vezes, até o final do fluir do líquido
do final do prazer vindo do amor.

Trecho 3.
Eu não tô de brincadeira
Eu meto tudo, eu pego firme pra valer
Chego cheio de maldade, eu quero ouvir você gemer
Eu te ligo e chega a noite, vou com tudo e vai que vai
Tem sabor de chocolate o sexo que a gente faz


Análise 3.
A exibição da força do homem viril, forte, que consegue trancar com os braços
a sua dama, e o ato pecaminoso é visto nesta forma quando é induzida
a maldade pagã, e a indução das vozes que ficam trêmulas
ao alcance do prazer do ato carnal. O sexo é realizado de acordo
com André Capelão, em sua obra "o tratado do amor cortês", por homem
e mulher, aonde a sedução do cavalheiro pela sua dama é o ato
que inicia a extravasação do amor até os últimos atos.
A introdução do alimento afrodisíaco afrontando a religiosidade
cristã, um alimento pagão é comparada ao ato carnal, o pecado e a castidade brigando
pelo espeço dentro da realização do ato de consumação.

Trecho 4.
Corpo quente, tô suado, vem melar e vem lamber
Só o cheiro, só o toque já me faz enlouquecer
Já me faz enlouquecer


Análise 4.
A descrição dos corpos no ato carnal, o suor do homem viril que abraça
a sua dama, e os aromas do erótico sendo expelidos, completando o ato carnal,
com a exaltação da ultima gota de amor sendo expelida pelo membro que vergalhante
o faz enlooouuqueeeeceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer..............................


Link: http://www.vagalume.com.br/naldo/amor-de-chocolate.html#ixzz2D7XLkQZx





terça-feira, 13 de novembro de 2012

MC Beyonce - A princesa absolutista.

Um fenômeno trovador nos últimos meses tem se revelado, a princesa absolutista Beyonce. Esta menina é um talento como cancioneira, na sua letra ela defende o seu reino (bonde) com unhas e dentes de outras princesas, citadas por ela na letra de sua canção como "invejosas".
Sabemos que os grandes monarcas absolutistas promoviam grandes bailes no passado para mostrar as suas filhas à corte.
Pois bem, Mc Beyonce é a dona do baile. Ela abusa do seu poder de princesa e tortura as suas concorrentes de outros reinos, criticando a beleza delas que são as concorrentes na escolha de um príncipe à cortejá-la.
Na sua letra mais conhecida, "fala mal de mim" ela não expressa o amor cortês, ela é agressiva nas críticas contra as outras princesas do reino funk, que na opinião dela, são agressivas também quanto ao seu estilo e beleza.
Sabemos que a disputa por um cavalheiro cortês nesta época é grande, uma vez que as princesas são praticamente vendidas a preços de carruagens e produções para negociadores que agenciam a estampa inclusive de algumas destas infantes, para uma espécie de objeto de leitura aonde as meninas são colocadas com as suas vergonhas a mostra. E essa venda destes objetos de leitura são apenas atrativos para atrair príncipes de outros reinos às suas atenções.
O amor cortês é tratado em uma das músicas dela, a letra intitula-se "pensa em mim 24 horas por dia".


Pensa Em Mim 24 Horas Por Dia

Mc Beyonce

Letra:
Tu não tem nada pra fazer e fica nessa putaria
Fala de mim, pensa em mim 24 horas por dia
Fala de mim, pensa em mim 24 horas por dia
Só sabe o meu primeiro nome e acha que me conhece
Olha se poem no seu lugar e vê se comigo não se mete
Faz carinha feia quando passa do meu lado
ainda por cima baba me olhando de cima a baixo
O novinho ficou maluco ate parou no tempo
Quando eu mandei quadradinho mostrando o meu talento
Calça apertada, bunda empinada, dez vezes melhor que a sua namorada
Para tudo pego no copo com a unha decorada
Ou mandada safadinha eu já descobrir teu truque
pra saber da minha vida não sai do me Facebook
Análise da letra:
Ela já inicia a canção comparando o sentimento de paixão do então pensador, aos atos libidinosos proibidos.
É dada uma ênfase que o seu candidato a príncipe é um homem viril e romântico que não consegue pensar em outra figura feminina, em modo temporal, que não seja ela, apesar dele já estar prometido para outra princesa do reino funk.
Ela fala ser detentora dos bons costumes, vê-se pela sua influência religiosa, e ela inclusive pede ao seu cavalheiro, para que ele não atrapalhe a sua vida conjugal já construída. Princesa Mc Beyonce ainda enfatiza que com a sua beleza, ela pode arranjar um príncipe que não tenha compromisso, assim, mostrando verbalmente o que as suas vestes escondem, falando de seu sagrado e pudico corpo.
Princesa Beyonce também cita uma forma de comunicação peculiar com as pessoas do seu reino, uma espécie de "livro de perfil" ou "livro de rosto" aonde ela escreve coisas pessoais sobre a sua vida, uma espécie de diário que ela divulga para as mulheres de seu reino, aonde ela é um exemplo a ser seguido.

domingo, 5 de agosto de 2012

Deize Tigrona - A defensora dos bons costumes e do bem estar.




Para quem não conhece, Deize Tigrona era uma camponesa que nasceu num pequeno Feudo chamado São Gonçalo, que fica em uma província de Rio de Janeiro.
Deize trabalhou como serva da nobreza até conseguir ser reconhecida pela sua arte, as suas letras de canções trovadorescas, que exaltam o amor cortês entre o homem e a mulher, e acima de tudo sobre os laços que se formam após o matrimônio.
Sabemos que o homem e a mulher juram a fidelidade através dos votos matrimoniais, portanto, ela é uma das maiores defensoras do matrimônio, e é uma das maiores críticas em relação a traição dos laços matrimoniais pelos homens, o que faz ela ser uma mulher a frente de ser tempo, impondo a sua posição feminista ao homem, que se diverte em tavernas com outras mulheres que não são de boa família.

O video Abaixo é de uma de suas letras trovadorescas que criticam o sexo masculino e as mulheres que não são de boa familia, na letra. Deize faz onomatopeias com o barulho de uma arma de fogo, arma mento do tipo moderno, que seria utilizado em "vingança" caso o seu homem, ou melhor, o seu senhor, venha a se deitar cum alguma taverneira,  ou mulher que utilize da exposição de seu corpo para ganho de moedas.

"Pá, pá, pá mamada!" - barulho de tiros; e mamada é refente a mulher de vida fácil.
"faço correr pelada!" - punição a mulher de vida fácil que se aproveitar do seu senhor.

Na música ela coloca a "mulher da vida" como se fosse a culpada de desonrar a família:

"Culpada é a amante! Eu que sou fiel!"




Deize Tigrona é uma trovadora moderna, ela exalta inclusive a necessidade de cuidados básicos com a saúde, para que as pessoas se previnam de doenças como a peste. E a única solução para prevenir a peste, de acordo com a sua ideologia, é injetar uma poção mágica dentro do corpo da pessoa. Esta poção mágica é cultuada pelos bruxos, e é denominada como "injeção".
A Igreja Católica é a inimiga de Deize Tigrona, pela sua promoção aos atos de bruxaria, tal como a divulgação de uma poção mágica e também do feminismo. Ela se uniu aos Protestantes, que estão atualmente brigando ideologicamente.

Veja abaixo a sua letra trovadoresca em favor dos cuidados com a saúde, em preocupações com as infestações de Peste e de Lepra:


sábado, 12 de maio de 2012

Tati Quebra-Barraco e a Revolução Feminista do Funk!?

Tatiana dos Santos Lourenço em dias atuais é considerada a percursora da exaltação do Feminismo dentro do Funk Nacional. Podemos compará-la, assim como Valesca, que é a re-percursora dessa expressão da feminilidade, a Joana D'Arc que foi uma mulher a frente de seu tempo, indo contra o patriarquismo sempre imposto pela sociedade durante todas as épocas, principalmente em sua contemporaneidade.
As mulheres a frente do seu tempo foram taxadas como hereges durante a Idade Média, tal como Joana D'Arc pela inquisição na Idade Média.
Sabemos que existe uma tendência em toda a História em reprimir as mulheres, elas são sempre objeto de discriminação, principalmente em se tratando da atualidade. Tati escreveu sobre a taxação dela como herege pela sociedade atual sobre a sua exaltação em conotação a sexualidade:



"(...) Não sou cocota não hein!
Não tenho popozão
Não sou cocota não hein!
Não tenho popozão
As popozudas da de "Deus"
Quando pega esquarteja
Quando manda do mirante
Demorô boto restante
Quando manda do Carícia 
Faz amor que é uma delícia!"
"Cocota" - Tati Quebra-Barraco.


Dentro do Funk, a mulher sempre é colocada como submissa ao Homem, e coube uma resposta direta a esta submissão, portanto, Tati pode ser considerada uma resposta direta da submissão sexual apelativa nas letras de Funk, que são escritas apenas por membros do sexo masculino na sociedade desde o início da exaltação do Funk erótico nos anos 90.


"(...)Eu vou tocar uma sirica
E vou gozar na sua cara!"
"Siririca" - Tati Quebra-Barraco.


Tati em suas letras e canções trovadorescas, exalta não só o feminismo, mas também as expressões do "amor cortês", em suas formas concepcionais.
Vemos a exaltação do órgão sexual masculino, que nas suas posições de opiniões feministas, se torna superior do que inclusive, a personalidade e a inteligência do Homem.
Em suas canções, vemos inclusive o compasso  rimático em versos curtos, pois a poesia é a base da formação das letras, e a poesia de sua letra em si só, é lírica, exaltam a expressão do amor, que é a base da formação de uma letra ou canção trovadoresca. Vemos abaixo a análise de uma das suas canções:



"69 Frango Assado"
Tati Quebra-Barraco.

Trecho 1.

"69 Frango Assado
De ladinho a gente gosta
Se tu não tá aguentando
Para um pouquinho
Tá ardendo assopra!!
Entãoo..."

Análise 1.

Vemos o conhecimento desta trovadora viajante sobre as artes indianas do Kamma-Sutra.
Vemos a exaltação do amor nas suas formas concepcionais, a exaltação do amor dela feminista, pelo homem dominado.

Trecho 2.

"(...)Tá ardendo assopra
Tá ardendo assopra
Fica de Joelho
Faz um biquinho
Chupa minha... Aham, Aham..."

Análise 2.

O Domínio sobre o homem que atende as suas palavras durante a exaltação do amor.
A nossa cavaleira indo contra todos os sentidos da sociedade, não é a toa que o seu destino é o mesmo de Joana D'Arc, que foi queimada pela inquisição na Idade Média. Tati também é vítima da Inquisição das Igrejas Cristãs atuais.


Vemos abaixo uma "montagem" que contém a letra trovadoresca de Tati Quebra Barraco:












domingo, 6 de maio de 2012

Valesca - Joana D'Arc tupiniquim na luta a favor da sua classe

Valesca é uma jovem trovadora, que junto de suas amigas de um grupo intitulado Gaiola das Popozudas, trazem alegria para todos os Reinos do nosso território. Esta trovadora é uma grande lutadora a favor da sua classe, e em suas letras ela descreve não só o amor cortês, mas também problemáticas sociais, que são acima de tudo causados pela alta taxa de natalidade nos Reinos ou Feudos mais carentes.
Esta ilustre trovadora descreve o "amor cortês" em seus atos concepcionais.
A sua música intitulada "Quero te Dar", é muito conhecida por auxiliar na divulgação do problema do sexo, que pela igreja católica, é vetado e restrito apenas as suas funções de formar uma nova vida.
E por isso, que em suas letras trovadorescas ela procura a criticar a Igreja Católica, que está em seu advento, e a sociedade que tem por estas bases as formações culturais, para que a mesma olhe para a problemática social.
Na idade média vemos a Peste Bubônica que devastou a Europa, pela falta de prevenção e higiene das pessoas que habitavam aquele espaço no momento. O que fez contribuir com a diminuição do inchaço urbano, e diminuir a crise que se estabelecera dentro da agricultura que não dava conta do crescimento das sociedades.
Na atualidade, vemos o sexo sendo praticado sem pudor, aonde o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis é maior com a falta de prevenção. E vemos também a alta taxa de natalidade, que somada ao pouco mercado de trabalho, que não dá conta para que as famílias maiores nas sociedades menos favorecidas tenham condições adequadas de alimentação e higiene. Tudo bem, que estes problemas são resolvidos através do incentivo  financeiro dos  Soberanos Maiores, como as bolsas família, mas nem todos os problemas sociais são resolvidos com a distribuição de uma porcentagem das riquezas dos Soberanos.
Valesca vem numa batalha tão maior quanto a Guerra dos Cem Anos, ela não está só a favor de sua classe, mas está indo contra os setores do clero com as suas letras de suas canções trovadorescas.
Joana D'Arc foi morta pela inquisição, que a taxou como Herege no século XV, e hoje, a nossa heroína Valesca, é taxada como herege, e a sua arte é queimada pela inquisição formada por todo o Cristianismo, desde o Católico Romano, Ortodoxo e até pelos Protestantes.
Aqui abaixo, vai a letra de uma de suas canções de seu repertório, que entitula-se "Mama", e foi composta pelo também perseguido pela Inquisição, o Bispo da seita intitulada Bu-seita, e também trovador cavaleiro cortês, Mr. Catra:

Nota: A música toda retrata o "amor cortês" no seu ato concepcional:


Trecho 1.
(Valesca)
"Muita polêmica, muita confusão
Resolvi parar de cantar palavrão
Por isso, negão, vou cantar essa canção...
Quando eu te vi de patrão, de cordão, de R1 e camisa azul
Logo encharcou minha xota e ali percebi que piscou o meu cu
Eu sei que você já é casado, mas me diz o que fazer
Porque quando a piroca tem dona é que vem a vontade de fuder...
"
Análise 1.
Vemos neste trecho uma brincadeira satírica de nossa Joana D'Arc, que diz não cantar mais baixaria, nem palavrão, e logo em seguida cita palavras consideradas impuras como "xota" e "cu". Ela descreve a armadura do Cavaleiro que a conquista, mas logo sabe que ele já é patriarca de uma família, e incita a sua vida mundana ao relacionar-se com um homem unido a traços matrimoniais.
Trecho 2.
"Então mama, pega no meu grelo e mama
Me chama de piranha na cama
Minha xota quer gozar, quero dar, quero te dar
Eaí Catra, o meu grelo já tá latejando. Qual vai ser? Manda o papo negão..."
Análise 2
Descrição da vontade de que ocorra o ato concepcional, a nota é que ainda não aconteceu, apenas está sendo feita a descrição dos sentimentos de um quanto ao outro, apenas com a visualização. É o olhar das consciências.
Trecho 3.
(Catra)
"Quando eu te vi no portão, de trancinha, tamanco e vestido azul
Logo latejou o meu pau e ali logo vi que piscou o seu cu
Puxei sua calcinha de lado e dei três cuspidas pro meu pau entrar
Então eu fiquei assustado, porque você só queria mamar..."
Análise 3.
Descrição agora do ato concepcional. Vemos a exaltação do amor cortês do Cavaleiro, quando ele se encanta pelas vestimentas da jovem dama, e logo se sente atraído por ela, e entra no ato sexual.
Trecho 4.
"Então mama, pega minha vara e mama
Vem deitar na minha cama
Aah... Maravilha
Mama, Olha bem pra mim e mama
Mama o meu saco...
Ah, eu vou me apaixonar..."
Análise 4
Descrição do ato concepcional, de fato sendo realizada, na visão do cavaleiro.
Trecho 5.
"Pô Valesca... Você sabe que no meu harém de mulheres tem mais de cem, mas você foi a única que se ligou que uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém...
E hoje quando eu te peço
Mama...
Você vem me mamar com calor
Você vem me mamar com amor
Então mama por favor
Mama por favor..."
Análise 5.
Descrição do Cavaleiro Catra e a sua vida, comparada com as dos Islamitas, pela quantidade de mulheres que ele tem na sua vida e que todas tem um bom convívio ambas com as outras. E a descrição do ato concepcional, resultado da conquista do cavaleiro.
Trecho 6.
(Valesca)
Então mama, pega no meu grelo e mama
Me chama de piranha na cama
Que isso, caralho? (Vem mamar)
(Catra)
Mama, olha bem pra mim e mama
Ou me mama ou eu saio
Mama... Ah, eu vou me apaixonar
(Valesca)
Então mama
Quero gozar, vai
Por favor, mama, mama, mama negão!
Mama...
Análise 6.
Descrição de todo o ato sexual e do sentimento cortês sendo trocado. Até expelir a ultima gota do fruto desta paixão.
O áudio se encontra aqui abaixo: