Naldo incita em sua letra o romance com uma bebida ou alimento de origens pagãs, o chocolate.
Podemos dizer que a aplicação do chocolate no ato carnal, sem dúvidas é uma prática pagã, portanto herética de acordo com a Igreja Católica.
As origens do chocolate se encontram na região da América Central, aonde existia uma população pagã, ainda nos tempos em que a Igreja Católica estava buscando fiéis devido as cisões e crescimento de religiões heréticas, que estavam colocando em duvida o verdadeiro cristianismo no século XV-XVI.
Este povo denominado pagão, era de homens que acreditavam em uma espécie de Deus, que não era o bíblico. E a aplicação deste alimento pagão pela sociedade econômica européia, foi uma reação da sociedade burguesa contra a política absolutista, que sempre estava alinhada a igreja católica, pois este alimento, era resultado das práticas de curandeirismo e bruxaria.
Os Europeus acrescentaram açúcar a bebida vinda de uma espécime de fruta que era queimada, o que causou um principal ato pecaminoso taxado pela igreja católica: A Gula.
A Gula pelo chocolate reagiu no mundo de forma pecaminosa, aonde o alimento é simbolizado pelo prazer, e não pela prática necessária de alimentação por exaltação da fome.
O chocolate é uma comida taxada como o "alimento dos hereges" pela igreja católica, uma vez que exalta o pecado da gula, e ainda induz a bruxaria.
Os Ciganos utilizam o chocolate nas formas consideradas pecaminosas pela igreja católica, aonde acrescida de outros alimentos como a pimenta, faz induzir ao pensamento das práticas carnais.
Naldo é um trovador funkeiro que nas suas letras ele exalta o amor cortês entre homem e mulher, e ao mesmo tempo induz aos atos pecaminosos com este alimento considerado pela igreja católica como pagão.
A introdução de comida nos atos carnais do amor nas letras trovadorescas é uma prática habitual de Naldo, uma vez que ele já fez letra inclusive com chantilly. A igreja católica inclusive o taxa como herege e proclamador de um dos pecados capitais. E por estar em uma visão diferente da igreja católica, Naldo refugiou-se nas religiões protestantes, e diz estar mais próximo de Deus.
Amor de Chocolate
Naldo
Trecho 1.
Vodka ou água de coco
Pra mim tanto faz
Gosto quando fica louca e cada vez eu quero mais
Cada vez eu quero mais
Whisky ou água de coco
Pra mim tanto faz
Eu já tô cheio de tesão e cada vez eu quero mais
Cada vez eu quero mais
Anélise 1.
Cavaleiro Naldo, depois de seduzir ou ser seduzido pela sua dama,
é recepcionado com bebidas alcoolicas e frutas de descendência pagã,
Na letra vemos o início da exaltação do que é classificado como gula
pela igreja católica, e ao mesmo tempo da luxúria o que faz a letra
exaltante do amor cortês, ao mesmo tempo ser protestante as regras
da castidade do catolicismo.
Trecho 2.
1, 2, 3, 4
Pra ficar maneiro joga o clima lá no alto...
Alto, em cima, alto, em cima
Alto, em cima, alto, em cima
Em cima, em cima, em cima, em cima (2x)
Análise 2.
Vemos aí a exaltação do clima máximo do amor cortês, o movimento dos corpos
que vão para cima e para baixo, repetidas vezes, até o final do fluir do líquido
do final do prazer vindo do amor.
Trecho 3.
Eu não tô de brincadeira
Eu meto tudo, eu pego firme pra valer
Chego cheio de maldade, eu quero ouvir você gemer
Eu te ligo e chega a noite, vou com tudo e vai que vai
Tem sabor de chocolate o sexo que a gente faz
Análise 3.
A exibição da força do homem viril, forte, que consegue trancar com os braços
a sua dama, e o ato pecaminoso é visto nesta forma quando é induzida
a maldade pagã, e a indução das vozes que ficam trêmulas
ao alcance do prazer do ato carnal. O sexo é realizado de acordo
com André Capelão, em sua obra "o tratado do amor cortês", por homem
e mulher, aonde a sedução do cavalheiro pela sua dama é o ato
que inicia a extravasação do amor até os últimos atos.
A introdução do alimento afrodisíaco afrontando a religiosidade
cristã, um alimento pagão é comparada ao ato carnal, o pecado e a castidade brigando
pelo espeço dentro da realização do ato de consumação.
Trecho 4.
Corpo quente, tô suado, vem melar e vem lamber
Só o cheiro, só o toque já me faz enlouquecer
Já me faz enlouquecer
Análise 4.
A descrição dos corpos no ato carnal, o suor do homem viril que abraça
a sua dama, e os aromas do erótico sendo expelidos, completando o ato carnal,
com a exaltação da ultima gota de amor sendo expelida pelo membro que vergalhante
o faz enlooouuqueeeeceeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeer..............................
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